82% dos brasileiros costumam jogar em smartphones

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O universo online está migrando para o smartphone. O aparelho, principal meio de acesso à internet para mais de 92% dos brasileiros vem se tornando, a cada estação, o controle remoto do mundo. E no ambiente dos aficionados por games não é diferente.

Pesquisa da SuperData, feita sob encomenda do PayPal, mostra que 82% dos brasileiros jogam games via smartphone, sendo que 44% deles baixaram até 3 jogos completos em seu dispositivo mobile no primeiro trimestre do ano. Para tabular o estudo, a SuperData ouviu consumidores em 25 países (*), incluindo o Brasil, para entender as razões e os hábitos de compras de games no ambiente online.

Veja os highlights do mercado nacional a seguir:

A plataforma mais acessada pelos gamers brasileiros para comprar jogos de celular é o Google Play, com 63% da preferência. Com 15%, Apple Store; e com cerca de 13%, Samsung Galaxy Apps.

Já no setor de games para PC mais populares, a liderança é da plataforma Steam, com 24%, seguida de perto por Amazon (21%) e Microsoft Store (20%). Com cerca de 10%, League of Legends; e, um pouco mais abaixo, Origin (9%).

As plataformas de console de game mais populares no Brasil, segundo a Superdata, são Xbox (29%), PlayStation (26%), Amazon/Twitch (21%) e Nintendo Store (7%). Porém, quando questionados sobre as marcas relacionadas a games das quais são fãs, o ranking se altera: 65% citam PlayStation; 52%, Nintendo; e 51%, Xbox.

Na hora de pagar pelo conteúdo baixado, 34% dos brasileiros pesquisados preferem cartão de crédito; 19% usam PayPal; 13% citaram boleto bancário; e outros 10% preferem cartões de débito de maneira geral.

A SuperData quis saber também quais os principais problemas enfrentados pelos gamers na hora de comprar online. E a boa notícia é que 73% dos pesquisados disseram não ter experimentado dificuldades em relação a isso no primeiro trimestre do ano. Já para 11%, o processo de checkout foi muito longo; 6% tiveram de trocar o método de pagamento durante a operação; e 5% citaram o fato de a plataforma não aceitar o método de pagamento que eles gostariam de usar. Cerca de 4% estavam com seus cartões de crédito expirados no período; e outros 4% não conseguiram comprar na moeda aceita pela plataforma.

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Indo mais fundo nesse quesito, 35% dos pesquisados admitem que podem repensar uma compra online de game, caso o processo de compra seja muito demorado; e 27%, se o checkout se mostrar muito complexo. Outros 24% se sentem inseguros/desconfortáveis se tiverem de inserir dados pessoais ou financeiros na plataforma.

Nos últimos 12 meses, 36% dos brasileiros enfrentaram o processo de compra de game online até o fim; 25% desistiram na hora de selecionar um método de pagamento; e 17%, quando tiveram de preencher as informações do cartão de crédito ou de débito.

Questionados sobre quem costuma influenciar a decisão de compra ou download de um game, os entrevistados citaram, primeiramente, a família e os amigos (56%). Na sequência vêm influenciadores que atuam em plataformas de vídeo como o YouTube (46%); indicações em fóruns de discussão de jogos (34%); e conhecidos das redes sociais (30%).

Já em relação à pirataria, 42% dos entrevistados disseram ser inaceitável; 28% entendem que ela é lesiva aos desenvolvedores de games; e 24% acham a pirataria tolerável "se o game for muito caro".

No primeiro trimestre do ano, 63,5% dos pesquisados disseram ter feito download legal de games; e 36,5% admitiram ter feito downloads piratas. Os principais motivos para a pirataria? Acesso mais fácil aos games (71%), preços mais baixos (67%) e dificuldade de encontrar games raros em sites legais (52%).

Com 66,3 milhões de gamers e uma movimentação de US$ 1,3 bilhão em 2017, o Brasil é o principal mercado de jogos da América Latina e o décimo terceiro no ranking mundial, conforme números da Newzoo, confirmados pela Abragames, Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais.

Também de acordo com a Abragames, o perfil do gamer vem mudando ao longo dos anos no País, com crescimento expressivo no número de jogadoras, que hoje já são 41% do total no Brasil.

(*) Metodologia: a pesquisa foi realizada de maneira 100% digital entre os meses de fevereiro e março de 2018, em 25 países e com aproximadamente 25 mil consumidores. Ela foi respondida somente por maiores de 18 anos.