PUBG
Por: Lucas Hagui | 30/07/2018
Sucesso no futebol, na Twitch e nos eSports
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Fortnite e PUBG foram os jogos que marcaram o Battle Royale mundialmente. Imagem: Reprodução/Internet
Não é novidade que o gênero Battle Royale chegou com tudo para os amantes dos games e dos eSports. Além de recordes mundiais no GuinnesBook e na Twitch, o tipo de jogo viralizou entre astros da música e craques de futebol - em plena Copa do Mundo.
Estreando a série Linha do Tempo - que explica as histórias do mundo dos eSports - o Versus falará sobre a criação do modo que atingiu milhões de jogadores nos últimos tempos.
Leia mais:
O que é Battle Royale?
Para entender a história por trás do modo é importante entender como funciona uma disputa Battle Royale.
O objetivo principal é se manter vivo em meio a muitos outros competidores, seja pegando as melhores armas, se escondendo em casas ou do jeito mais divertido: matando inimigos.
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O livro Battle Royale e a triologia Jogos Vorazes são os maiores exemplos fora dos games do modo de jogo. Imagem: Montagem/Siouxsie Rigueiras
Mas...como surgiu?
Se deixarmos de lado as batalhas reais entre gladiadores na Roma Antiga, tudo começou com...um livro. Calma que o Versus explica: em 1999 foi publicado Battle Royale, história na qual adolescentes são forçados a lutar até a morte por conta de um programa totalitário japonês.
Criado pelo jornalista e escritor Koushun Takami, o livro foi considerado um best-seller e virou mangá e filme no ano seguinte.
A história serviu como inspiração para a trilogia literária (2008) e cinematográfica (2012) de Jogos Vorazes - criada por Suzanne Collins -, que carrega a mesma ideia: jovens são jogados em uma arena e precisam batalhar até a morte, tendo apenas um vencedor.
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Battle Royale apareceu inicialmente em Minecraft. Imagem: Reprodução/Internet
E nos videogames?
Em meados dos anos 90 nasceram jogos que ajudariam a criar o gênero justamente pelo desejo de explorar formas diferentes de jogar videogame: há quem considere que o deathmatch - partidas em que todos competidores se aniquilam - de Doom (1993) e Quake (1996) tenha sido o início do modo.
O termo Battle Royale só apareceu no vocabulário dos apaixonados por games no Minecraft. Sim, Minecraft.
Lançado inicialmente em 2009 para PC, o sandbox teve um mod - que virou mini game - em meados de 2012 que carrega o nome do gênero.
Parecido com Jogos Vorazes, os jogadores precisavam procurar itens para sobreviver dentro do mapa e criar equipamentos - como armaduras e espadas - para matar os oponentes. Com o tempo, a área de jogo ia diminuindo, obrigando os competidores a se enfrentarem: era vitorioso quem ficava vivo por último.
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Jogos fazem parte da evolução do gênero. Imagem: Montagem/Siouxsie Rigueiras
O mod que virou jogo
Quem joga videogame sabe que é a comunidade que faz o jogo e foi exatamente isso que aconteceu com DayZ (2013).
Nascido de um mod de Arma 2 (2009), a proposta da jogatina era sobreviver durante um apocalipse zumbi: era preciso acabar com os mortos-vivos e as vezes até mesmo quem não havia sido infectado pelo vírus, além de coletar itens como comida, água e armas para se defender.
Ainda em 2013, Arma 3 foi lançado e posteriormente recebeu diversos mods com o nome "PlayerUnkown's", sendo um deles chamado Battle Royale. Inclusive, o "winner winner, chiken dinner" nasceu em Arma 3, com referência ao filme Quebrando a Banca (2008).
Outros jogos com a promessa do gênero também foram lançados, tais como H1Z1: King of the Kill, The Culling e ARK Survival Evolved, entre 2016 e 2017. Enquanto ARK tinha a temática de dinossauros, H1Z1 focava em zumbis e The Culling se passava em uma ilha paradisíaca.
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Fortnite e PUBG quebraram muitos recordes. Imagem: Reprodução/Internet
Evolução e legado
O PlayerUnknown's Battlegrounds e o Fortnite definitivamente revolucionaram a experiência de jogar online em 2017 e 2018, tornando-se também eSports e mudando a forma de assistir e acompanhar competições de videogame.
Não importa quem você seja ou qual a sua idade, ambos permitem a interação com famosos, coisa que não acontece em partidas competitivas de Counter Strike: Global Offensive ou até mesmo League of Legends, que separam jogadores por elos e patentes.
Além disso, as possibilidades de mudança de itens cosméticos dentro do jogo e o fato de cada jogador poder criar sua própria estratégia de jogatina - se sentindo livre para ser quem realmente gostaria de ser dentro de um ambiente virtual - unido à repercussão mundial com referências em esportes tradicionais e streamers, nunca foi tão grande em toda história do eSport.
Em pouco tempo o Battle Royale ensinou muito, qual será a próxima lição?
Siouxsie Rigueiras é jornalista e camper no Versus, siga-a no Twitter.
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