Para caçador dos Alaranjados vencer o CBLoL é mais importante do que o Rift Rivals
Em meio às disputas da segunda etapa do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), o caçador Filipe "Ranger" Brombilla e a KaBuM se viram na obrigação de representar o País em mais uma competição internacional: o Rift Rivals. Para o Alaranjado, o título da liga brasileira é "mais valioso" do que o da "Libertadores" da modalidade.
-
As representantes brasileiras, KaBuM e Vivo Keyd, venceram uma partida e perderam outra, cada uma.
Em entrevista coletiva após os compromissos da equipe no primeiro dia de competição, o caçador afirmou que, "particularmente, não vejo tanto valor no Rift Rivals". "Não é um negócio que estou ficando e dizendo 'preciso ganhar disso'. Meu foco é muito mais o CBLoL. Vou dar muito mais ênfase ao CBLoL e acho que tem muito mais valor, pra mim, ir pro Mundial do que o título aqui", apontou o jogador.
Mas isso não quer dizer que a KaBuM não tem o desejo de conquistar a competição. É o que aponta o meio Matheus "Dynquedo" Rossini: "nosso foco é mais o CBLoL", contudo "a gente, com certeza, está jogando para vencer, a gente quer ganhar o Rift Rivals".
HÁ RIVALIDADE COM OS LATINOS?
O Rift Rivals foi criado no ano passado com o intuito de estimular rivalidades entre as regiões e aumentar ainda mais as já existentes. É o caso de América do Norte e Europa. O Brasil, por outro lado, foi colocado no mesmo torneio em que estão os países que disputam as duas ligas latinas
Mas será que existe rivalidade entre essas regiões? Dynquedo acredita que não. "Acho que o Brasil não tem rivalidade com nenhum dos dois [cenários]. A rivalidade é mais entre eles [latinos]. Acho que a gente está [nessa parte do Rift Rivals] só pela experiência", opinou o jogador ao ser questionado pelo ESPN Esports Brasil.
Ace da @KaosLatinGamers, com direito a triple kill do @fixlol1! #RiftRivalsBR
💻 https://t.co/BJaVBwEMTN pic.twitter.com/mk1L94p3kx
— LoL Esports BR 🇧🇷 #CBLoL (@lolesportsbr) 4 de julho de 2018
DERROTADOS NA ESTREIA
Apesar de todo o favoritismo em torno das equipes brasileiras quando se trata de confrontos entre CBLoL e os representantes da liga latina, a KaBuM acabou sendo totalmente dominada no confronto de estreia no Rift Rivals, contra a Kaos Latin Gamers (KLG), a atual campeã da Copa Latino-americana Sul (CLS).
Para o atirador Alexandre "TitaN" Lima a KaBuM perdeu para si mesma. "A gente sabia o tempo todo o que poderia acontecer no jogo, só que nós não estávamos respeitando a nossa condição de vitória, nós não estávamos respeitando nós mesmos", afirmou o jogador na entrevista coletiva.
Ainda de acordo com o atirador "o jogo acabou na fase de rotas". "Joguei muito mal na rota inferior e isso meio que desbalanceou. O Nocturne abriu muita vantagem no splitpush, então a condição de vitória deles aconteceu mais cedo porque a gente errou muito antes do nível seis", analisou TitaN.
MAS NÃO ÍAMOS JOGAR NO LADO AZUL?
Logo após a derrota para a KLG, alguns jogadores da KaBuM foram vistos nas redes sociais falando sobre o fato da equipe ter sido pega de surpresa ao ter que enfrentar a atual campeã da CLS jogando no lado vermelho, ao invés do azul.
Fato este que pegou todos na KaBuM de surpresa, conforme revelou Ranger na entrevista coletiva. "Na nossa preparação a gente tentou jogar no lado azul em 70% dos nossos scrims. Fora que o draft também não estava preparado especificamente para o lado vermelho. A gente meio que entrou em 'pânico' e acabamos pegando dois power picks muitos fortes já na primeira rotação e isso acabou afunilando o draft. A gente acabou não sabendo o que fazer", explicou o caçador.
O #CBLoL é imeeeenso! A @VivoKeyd conquista vitória sobre a @Rebirthe_Sports! #RiftRivalsBR
💻 https://t.co/BJaVBwEMTN pic.twitter.com/9CQPLjxXbz
— LoL Esports BR 🇧🇷 #CBLoL (@lolesportsbr) 5 de julho de 2018
TROCANDO A CHAVE DO CBLOL PARA O RIFT RIVALS
KaBuM e a outra representante do CBLoL no Rift Rivals, a Vivo Keyd, estão disputando a competição poucos dias após uma importante rodada na liga brasileira. O que significou em ter que jogar num patch diferente.
Mas isso não influenciou muito, na visão do caçador Alaranjado já que o 8.13 - que está sendo usado no Rift Rivals -, "não teve mudanças tão grandes" e, com isso, "o meta em si não mudou tanto, os picks não tiveram nenhuma mudança significativa".
Esse pouco tempo entre uma competição e outra, na visão de Dynquedo, dificultou na preparação da KaBuM: "foram poucos treinos que a gente teve". O meio revela que o time "veio mais preparado para fazer o nosso jogo e não focar no jogo dos outros porque a gente não teve muito tempo para estudar eles, de ver o que a gente poderia fazer contra determinados times".
O fato de KaBuM e Vivo Keyd terem travado um emocionante duelo poucos dias antes de estrearem no Rift Rivals deu uma certa "vantagem" aos oponentes latinos, acredita o meio Alaranjado, já que "mostrou algumas coisas que a gente tinha preparado" tendo em vista que a equipe "não podia se dar o luxo de esconder alguma coisa jogando contra a Keyd, arriscar a série que foi muito difícil para gente". Dynquedo não sabe se isso "teve tanto impacto nos resultados, mas que com certeza mostrou algumas das nossas estratégias".