O Circuito Desafiante está melhor do que nunca - por que você ...

Olha o Circuitão aí!

Quem acompanha o cenário competitivo de League of Legends já sabe que o Circuito Desafiante passou muito tempo abandonado pela própria comunidade. Enquanto antes os momentos marcantes estavam concentrados no Campeonato Brasileiro de League of Legends, atualmente o Circuitão virou protagonista de sua própria história e tem atraído mais a atenção de todos.

A ascensão da Team One e Kabum, o split acirrado entre RPG Gaming (ex-IDM Gaming) e Flamengo ou a participação de times grandes como Pain Gaming mostraram bem como o Circuito Desafiante cresceu - e com ele, os investimentos, público e talento evoluem junto. Você quer mais motivos para acreditar no potencial do Circuitão? Nós, do Versus, temos vários!

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A Grande final

26 de agosto de 2018 será épico para o Circuito Desafiante. A grande decisão entre Redemption e Pain Gaming vai definir qual equipe conquistará uma vaga direta no 1º split do CBLoL 2019. O próximo ano parece estar longe, mas a chance de alcançá-lo nunca esteve tão próxima.

De um lado, Redemption, que conta com a ajuda da INTZ com estrutura e técnico. Pode ser que você não se lembre, mas a line-up que compõe a equipe é a mesma que jogava pela TShow no 1º split do CD de 2018: Renan "Nyu" Augusto, João Vitor "Zuao" Morais, Marcos "Krastyel" Ferraz, Igor "DudsTheBoy" Lima, Matheus "Drop" Herdy e Denilson "Céos" Oliveiras. Os "reis do Circuitão", como a comunidade diz.

Parte desta composição ainda é a mesma que ganhou o título de pior campanha já vista em um CBLoL: nenhuma vitória no campeonato inteiro. No início do ano, a TShow disputou os playoffs do Circuito, mas acabou perdendo por 3 a 1 contra o Flamengo. Agora, as coisas estão diferentes - o time venceu a Operation Kino, que estava se saindo muito bem no torneio, e finalmente a Redemption tem a chance de se redimir e escrever uma nova história.

Do outro lado, Pain Gaming - que agora conta com Thiago "Tinowns" Sartori, Pedro "Matsukaze" Gama, Hugo "Dioud" Padioleau, Carlos "Nappon" Rücker e Marcelo "Ayel" Mello. Uma das equipes com o maior prestígio no cenário competitivo com uma torcida gigante, já abrigou alguns dos melhores pro players do país e chegou até mesmo ao Mundial de League of Legends...

Mas os gigantes também caem. O 1º split do CBLoL 2018 foi um pesadelo para a organização, que desceu para o Circuito Desafiante e atualmente está com a grande chance de provar que 2019 (ano ímpar) pode ser um ano de glórias da Pain, como diz o ditado dos fãs.

Algo bem parecido com a história do Flamengo, que apesar de contratar ótimos jogadores durante o Circuito Desafiante, também precisou do apoio de sua nova torcida - extremamente forte e passional - para chegar ao topo do cenário brasileiro de LoL.

Não é mais só "a série B"

Hoje, qualquer pessoa que sonha em trabalhar como pro player pode ter sua grande chance no Circuito Desafiante. O torneio tem sido a porta de entrada de muitos jogadores, ao mesmo tempo que abrigou nomes que já estiveram no CBLoL ou que demoraram algum tempo para conquistar uma boa reputação como jogador.

O Flamengo mesmo é, novamente, um bom exemplo deste tópico. Mesmo com a presença de grandes pro players, o clube mostrou que até com uma estrutura gigante, é necessário começar por baixo para provar seu valor. Proporcionando salários altos para os jogadores, a organização carioca também fez público e investidores olharem com mais atenção para o Circuito Desafiante.

Com a presença do Flamengo com seus pro players sul-coreanos no 1º split do CD e da Pain na 2ª temporada, quem saiu ganhando foram as equipes que são consideradas amadoras por muita gente. Jogar contra os melhores pode parecer um desafio e tanto à primeira vista, mas com o tempo, as habilidades evoluem e quem era presa vira predador.

Além disso, espera-se que os times do Circuitão passem a ser valorizados financeiramente também. Ícones de League of Legends como Felipe "brTT" Gonçalves e Hugo "Dioud" Padioleau já tiveram suas vitórias arrancadas pelas mãos de jogadores considerados inexperientes ou com pouco destaque no cenário competitivo. Com estes feitos, os pro players do CD ganharam mais prestígio, que deve ser remunerado na mesma medida do crescimento de suas carreiras.

Com o recente rebaixamento da Red Canids Kalunga, espera-se que a evolução do Circuito Desafiante continue firme e forte. Se a matilha manter os coreanos Lee "Chaser" Sang-hyun e Kim "Sky" Ha-neul na line-up, os times participantes do 1º split de 2019 podem ficar preparados para mais dificuldades e chances de aprimorar suas habilidades. Pode-se notar um alto investimento em jogadores de qualidade para uma competição que deixou de ser somente a série B de League of Legends.

Formando estrelas

Além disso, também foi do Circuitão que surgiram nomes que já brilharam muito - inclusive, alguns ainda são grandes estrelas.

Alanderson "4lan" Meireles passou por diversas equipes antes de representar a Remo Brave, time com o qual jogou o CBLoL pela primeira vez em 2017. Conhecido pelo seu estilo agressivo, o pro player saiu de Brasília, morou no Rio de Janeiro e em São Paulo, jogou a final do 2º split de 2017 em Belo Horizonte pela Team One e foi até a China, defender o Brasil no Mundial com os golden boys.

Após uma reestruturação na line-up, a Team One não garantiu bons resultados no 1º split de 2018 e acabou sendo rebaixada. Neste 2º split do Circuito Desafiante 2018, a equipe também não conseguiu se reerguer, mas é inegável a habilidade de 4lan como jogador e muito provavelmente a comunidade ainda vai ouvir muito o nome do pro player durante a dança das cadeiras que definirá as equipes de 2019.

Alexandre "TitaN" Lima é outro bom exemplo. Depois de ser rebaixado para o CD, ele trabalhou duro ao lado de Luccas "Zantins" Zanqueta, Matheus "Freire" Freire, Guilherme "Atlanta" Matos e Marcelo "Riyev" Carrara para voltar ao CBLoL. Com algumas alterações na line-up, a KaBuM voltou a vencer e a fazer os olhos dos fãs brilharem com o talento do pro player, que venceu o Exódia da Keyd na final do 1º split de 2018. De Manaus para o mundo, o garoto de apenas 17 anos chegou a representar o Brasil no Mid-Season Invitational 2018 com sua equipe.

E o que dizer da RPG Gaming (ex-IDM Gaming), que nasceu de um grupo no Facebook e já chegou tão longe? O time lutou desde o começo por um lugar no competitivo, chegou ao Circuito Desafiante e finalmente venceu o Flamengo na grande final do 1º split de 2018. Não contentes, os ex-macacos fizeram história no CBLoL ao vencer o próprio rubro negro, ProGaming, INTZ e Vivo Keyd (durante a fase de pontos) e chegar até a escalada com os pro players Mateus "Fitz" Cayres, Marcos "Cariok" Oliveira,  Ruan "Anyyy" Silva, Matheus "Sarkis" Guimarães, Victor "Cabu" Oliveira e  Yan "Damage" Sales.

Produção da Riot

No início de julho deste ano, foi anunciado que, devido à reestruturação e mudanças de parcerias e investidores na Promo Arena, o Circuito Desafiante passaria a ser organizado diretamente pela Riot Games Brasil. Neste momento, foi possível perceber como o CD já era valorizado pela comunidade - sendo que no passado, muitas vezes o campeonato era deixado de lado pelos fãs.

No Twitter, uma pergunta lotava o feed de qualquer invocador que segue pro players e outros profissionais relacionados ao cenário: a preocupação do momento era se Diniz "Gruntar" Albieri, Brunno "Colosimus" Colosimo e Camila "CamilotaXP" Silveira continuariam comandando a narração, comentários e apresentação do campeonato com sua irreverência.

Para a felicidade geral de Summoner's Rift, Camilota, Gruntar e Colosimus seguem firmes e fortes no Circuitão, com as brincadeiras e memes de sempre, mas cheios de profissionalismo e com uma estrutura digna de CBLoL.

Agora, o CD tem uma produção impecável, enquanto Camila, Gruntar e Colosimus receberam feedback, treinamento e um verdadeiro banho de loja da Riot. Quanto será que custa o outfit do Circuitão?

Público: antes e depois

Além de ganhar mais talentos e uma maior estrutura, o número de visualizações do Circuito Desafiante também aumentou muito nos últimos splits.

O 1º split de 2016 do Circuitão, cujas semifinais e final contaram com as equipes Big Gods, Brave, Robot e Overload (ex-Estúdio XP), teve 26.429 visualizações considerando os números dos VODs do YouTube. Já no 2º split, quando Remo Bravo, IDM, INTZ Gênesis e Echamp protagonizaram as semis e final, os viewers subiram para 59.307 - um aumento de 124,4% em relação à etapa anterior.

As semifinais e final do 1º split de 2017 tiveram uma queda de 42,13% nas visualizações. A etapa teve a participação de INTZ Gênesis, Iron Hawks, ProGaming e Tshow, com 24.984 visualizações nos vídeos das transmissões. No 2º split, os números voltaram a aumentar, com 47.851 pessoas assistindo às semis e à decisão com as equipes KaBuM, Operation Kino, Iron Hawks e Merciless Gaming.

Com a chegada do Flamengo no Circuitão, os números explodiram. O 1º split de 2018, que teve a participação da Operation Kino, IDM Gaming, TShow e do rubro negro, alcançou 160.920 mil visualizações - um aumento de 236,29% em relação à etapa anterior. 

O split atual, que tem a Pain Gaming na disputa, também está fazendo sucesso. As semifinais do torneio, com as equipes Pain, Operation Kino, Team One e Redemption, tiveram 301.555 visualizações. Qual você acha que vai ser a quantidade total de visualizações acrescentando os números da grande final entre Pain e Redemption? 

A disputa que definirá quem tem vaga garantida no CBLoL 2019 está acontecendo neste domingo (25) e iniciou às 13h. O formato da decisão será uma série melhor de cinco partidas (md5). Você confere os jogos nos canais LoL esports BR no Youtube e Riot Games Brazil na Twitch.

Bia Coutinho é redatora no Versus. Siga-a no Twitter em @biaacoutinhoo.

*Dados sobre visualizações do Circuito Desafiante: Felipe Cardoso, analista no Versus. Siga-o no Twitter em @felpyyy.

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