Sonho de Pro Player: repórter acompanha curso de ...

Inaugurada em outubro do ano passado, a Live Arena iniciou nesta semana três diferentes cursos voltados ao universo dos esportes eletrônicos: jogador profissional de League of Legends, criador de conteúdo e cosplayer/cosmaker. Mais um passo do local no sentido de estimular o aspecto educacional dos games e a formação de profissionais dentro deste círculo.

A reportagem do SporTV.com acompanhou de perto o curso de pro player, em nível intermediário, para entender, de forma imersiva, como funciona a formação de um jogador profissional de eSports. Os professores são dois jogadores da RED Canids: o atirador Gustavo "Sacy" Rossi e o suporte Caio "Loop" Almeida.

Sacy e Loop jogam juntos na RED Canids — Foto: Bruno Alvares/Riot Games/DivulgaçãoSacy e Loop jogam juntos na RED Canids — Foto: Bruno Alvares/Riot Games/Divulgação

Sacy e Loop jogam juntos na RED Canids — Foto: Bruno Alvares/Riot Games/Divulgação

Também participarão como docentes o streamer e ex-jogador de LoL Felipe "YoDa" Noronha, além do técnico da RED, o canadense Jean-François "Nuddle" Caron, e a mestre em psicologia, Alessandra Dutra - coordenadora do Departamento de Preparação Mental do Comitê Olímpico Brasileiro.

A ideia é que os alunos não só melhorem no aspecto técnico, aprendendo pontos fundamentais do League of Legends, mas também estejam preparados para encarar o jogo em nível competitivo.

Ao longo das próximas semanas, o SporTV.com divulgará, às sextas, uma espécie de diário do curso, contando sobre a evolução dos alunos no caminho da profissionalização, com textos em primeira pessoa feitos pelo repórter Rodrigo Faber. Aprendizados, dificuldades, desafios... Afinal, quão árduo é o desafio para buscar o sonho no League of Legends brasileiro?

Live Arena em São Paulo — Foto: Rodrigo Coca/DivulgaçãoLive Arena em São Paulo — Foto: Rodrigo Coca/Divulgação

Live Arena em São Paulo — Foto: Rodrigo Coca/Divulgação

Sonho de Pro Player - Capítulo 1

Antes de mais nada, deixemos bem claro ao leitor: o repórter está bem longe de ser um primor no League of Legends. Portanto, não, a intenção não é deixar o jornalismo e partir para uma gaming house, mas sim entender as motivações de jovens que já veem os games como a profissão dos sonhos. Dito isto, vamos à primeira experiência do curso.

Somos oito alunos no curso. Há um garoto de 15 anos, mas também há um pai de 33. Tem topo, caçador, meio, atirador e suporte. Gente que joga desde 2012, e gente que começou a jogar em janeiro deste ano. Do Prata ao Platina. O mais divertido: todos conversam sobre o jogo com a mesma empolgação.

Igualmente empolgada estava Adriana Noronha, empresária especializada em administração e marketing esportivo, responsável por apresentar o curso. Ao lado de Felipe Corradini, dono da RED Canids, ela introduziu os professores no palco e deixou o espaço da arena à disposição dos alunos, posicionados nas arquibancadas.

A primeira aula foi ministrada por Loop e Sacy. Desde o primeiro minuto, os jogadores deixaram claro que os alunos poderiam interromper e levantar discussões a qualquer momento. Descontraídos, mostraram-se empenhados e à vontade para falar sobre o jogo que se transformou em sustento deles. Os alunos, com os celulares devidamente posicionados em uma mesa, estavam compenetrados.

A dupla falou sobre a história do League of Legends, mostrou números relevantes de audiência e engajamento do público desde os primeiros passos do game e passou conceitos básicos aos alunos - sempre se preocupando em questionar se todos estavam entendendo e detalhando cada ponto do material. Foram três horas, com um pequeno intervalo, que pareceram passar em poucos minutos.

Ainda não tivemos contato com os computadores. A ideia de Loop e Sacy era entender em que nível de conhecimento estavam os alunos, do ponto de vista teórico, para depois abordar o trabalho dentro do jogo. Todos os pontos, do início ao fim de uma partida, serão ensinados: da escolha de campeões aos conceitos de como se finaliza um confronto, passando por lutas de grupo, posicionamento, divisões táticas...

As primeiras impressões foram as melhores possíveis, e o sentimento que ficou para a próxima aula é de ansiedade.